domingo, 12 de abril de 2015

PENSAMENTOS PERVERSOS DE UMA MENTE DOENTIA

Existe uma estratégia usada pelo diabo para tentar impedir que o povo de Deus desfrute de alguma verdade das escrituras. Veja por exemplo o assunto da prosperidade. Por causa do ensino errado de algumas igrejas que tiram até sete ofertas num único culto nos sentimos constrangidos de ensinar esse assunto aos irmãos. Um outro exemplo é a profecia. Paulo diz que todos os crentes devem profetizar, mas ficamos com medo de ensinar sobre isso por causa das práticas erradas sobre profecia em algumas igrejas. O mesmo se aplica ao tema da graça do evangelho. Muitos igrejas têm medo de falar da graça porque  em outros lugares a graça de Deus tem sido tomada para justificar o mundanisno e descompromisso espiritual. 

Mas não devemos deixar nos intimidar por causa dessas falsas mensagens da graça de Deus. Eu costumo dizer que algumas pessoas com mente doentia possuem muitos pensamentos pervertidos a respeito da graça de Deus. Vou mencionar apenas alguns. 

Estou na graça... não preciso mais fazer coisa alguma. Essa é a conclusão mais divulgada. Essas pessoas tomam a graça como licença para ignorarem a obra de Deus. Mas a verdade é exatamente o oposto, porque estou na graça agora posso trabalhar realmente para o Senhor. Antes me julgava incapaz e indigno, mas pela graça posso servi-lo em liberdade e paz. A graça me libera para o serviço pois agora sei que não faço na minha força e nem segundo o meu mérito. 

Estou na graça... jamais serei julgado por Deus. É verdade que não seremos condenados com os pecadores, mas seremos julgados para saber o que fizemos com a graça que recebemos (II Cor. 5:10). A quem muito é dado, muito lhe será exigido (Lc. 12:48). A graça é a provisão completa de Deus para todas as nossas necessidades. Somos indesculpáveis por vivermos no pecado, pois o pecado não tem mais poder sobre aqueles que estão debaixo da graça. (Rm. 6:14). Estou na graça... não preciso mais de contribuir. É verdade que o dízimo é da lei, mas o Senhor nos trouxe para um padrão mais elevado que o dízimo porque a sua graça nos permite exceder o padrão de Moisés. É verdade que Jesus não morreu na cruz para me dar um Rolex, mas é igualmente verdade que ele não morreu na cruz para que eu seja avarento e não contribua de forma alguma. Paulo diz que a oportunidade de contribuir é a verdadeira graça (II Cor. 8:4). É uma verdadeira graça Deus aceitar receber algo de nós. 

Estou na graça... não preciso mais de orar. Eu sei que muitos transforma a oração numa lei, mas a verdade é que a oração é uma necessidade. Enquanto se é criança comer é uma lei, mas depois que crescemos espera-se que tenhamos algum prazer na comida. Mas o fato é que agora que estou na graça eu devo orar porque o caminho ao trono está aberto para mim (Hb. 4:16). Agora que você pode fazer pedidos grandes para Deus porque entendeu a sua imensa graça, você resolve não pedir nada? Só uma mente doente pode pensar isso. Você antes achava que só tinha a oração respondida aquele que era mais santo, mas hoje você entendeu que Deus ouve a sua oração por causa do seu favor imerecido. A bênção é para quem não merece. Quem entende a graça passa a orar muito mais. Estou na graça... não tenho que me procupar com santidade. Mais uma vez o pensamento é justamente o oposto. Porque estou na graça posso andar em santidade porque o pecado não tem mais domínio sobre mim (Rm. 6:14). Pela graça você pode dizer não para o pecado. Aquele que vive na prática do pecadop em nome da graça provavelmente nem nasceu de novo. É um ímpio vestido de crente falando do que não entende e nunca provou. 

O maior temor das pessoas quando falamos da graça é que os irmãos vão agora se labuzar no pecado. Mas a verdade é que a lei traz o pecado, mas a graça no livra dele. Paulo diz que a força do pecado é a lei. Quanto mais ensinamos a lei tentando levara as pessoas à santidade, mas elas caem no pecado. Quanto mais as pessoas se sentem ameaçadas mais difícil é vencer o pecado habitual. Quando um filho se sente realmente amado ele se comporta melhor. Quem não se sente amado não tem porque se comportar melhor. A graça de Deus não lhe permite pecar, mas o capacita para vencer o pecado. A justificação implica em novo nascimento e mudança de natureza. Se dizemos que estamos na graça nós provamos isso demonstrando que não mais queremos o pecado.

Pastor Aluízio A. Silva

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